Capítulo 16
Inês de Castro e seu filho Dom João
Descendentes de Pedro de Portugal
e suas três mulheres
Pedro
I de Portugal, conhecido pela história como "o Justiceiro", nasceu em 1320 e faleceu aos 47 anos, no ano de
1367, em Portugal.
Há
três ramos de descendência deste monarca português, que por diversas situações o
levaram a marcar a história do Império Luso.
Sua
atração por mulheres, independente do "status social" destas, não o impediu de ser um príncipe que gerou filhos legítimos e
bastardos, mas em sua condição de Rei ao assumir o trono do Reino de Portugal,
os reconheceu em sua linhagem e que passarei a descrever nos próximos parágrafos
até a 20ª geração.
140
Pedro
nasceu em Coimbra, no dia 8 de abril de 1320 e faleceu em Estremoz, em 18 de janeiro
de 1367, e foi apelidado de "o Justo" ou "o Justiceiro", como também, "o Cruel", tendo sido Rei de Portugal e Algarves de 1357 até sua morte. Era o
único filho homem do Rei Afonso IV e sua esposa Beatriz de Castela.
Pedro
foi o quarto filho, de um total de sete, três mulheres e quatro varões: Dona
Maria, Dom Afonso, Dom Dinis, ele próprio, Dona Isabel, Dom João, e Dona
Leonor. Destes, mais da metade morreu cedo, um na nascença e outros três
durante a infância. Por este motivo, Dom
Pedro, não sendo o primogênito, torna-se herdeiro do seu pai e vem a
suceder-lhe no trono no ano de 1357.
Por
volta dos seus quinze anos, em 1335, já tinha sua própria casa. Os cronistas
fazem menção a um defeito de gaguez e ainda, no foro psíquico, "paixões exaltadas e violentas,
cóleras explosivas, perversões várias";
e foi igualmente caracterizado como um amante da festa e da música, cantando e
dançando por Lisboa ao som de "longas"
com os populares.
Dom
Pedro é conhecido na história pela sua relação com Inês de Castro, a aia galega
da sua mulher Constança Manuel, que influenciou fortemente a política interna
de Portugal no reinado de Dom Afonso IV.
Inês
acabou assassinada por ordens do rei em 7 de Janeiro de 1355, mas isto não
trouxe Pedro de volta à influência paterna. Contrariamente, durante alguns
meses, Pedro revoltou-se contra o pai; apoiado pela nobreza de Entre Douro e
Minho e pelos irmãos de Inês. A paz veio por vontade declarada do povo e
perdoaram-se mútuas ofensas.
Aclamado
rei em 1357, Pedro anunciou em Cantanhede, em junho de 1360, o casamento com
Inês, realizado em segredo antes da sua morte, sendo sua intenção a ver
lembrada como Rainha de Portugal. A promessa de perdão aos responsáveis pela
morte de Inês foi esquecida. Este fato baseia-se apenas na palavra do rei, uma
vez que não existem registros de tal união.
Dois
assassinos de Inês foram capturados e executados, Pêro Coelho e Álvaro
Gonçalves, com uma brutalidade tal, que a um foi arrancado o coração pelo
peito, e a outro pelas costas, o que lhe valeram os epítetos supramencionados.
Conta
também a tradição que Pedro teria feito desenterrar o corpo da amada,
coroando-a como Rainha de Portugal, e obrigando os nobres a procederem à cerimônia
do beija-mão real ao cadáver, sob pena de morte, caso não o fizessem.
Em
seguida ordenou a execução de dois túmulos, duas verdadeiras obras-primas da
escultura gótica em Portugal, os quais foram colocados defronte um para o
outro, no “transepto” da igreja do Mosteiro de Alcobaça para que, no dia
do Juízo Final, os eternos amantes, então ressuscitados, de imediato se vejam.
Como
rei, Pedro revelou-se bom administrador, corajoso na defesa do país contra a
influência papal, tendo sido ele que promulgou o famoso "Beneplácito
Régio", que impedia a livre circulação de documentos eclesiásticos no país
sem a sua autorização expressa, e foi justo na defesa das camadas menos
favorecidas da população.
Aplicou
a justiça com brutalidade, mas de forma "democrática", punindo exemplarmente sem olhar a quem.
141
Para
não atrasar a aplicação das sentenças, puniu com pena de morte a prática da
advocacia, isto levou a protestos nas cortes de 1361.
Pouco
fez para refrear o poder da nobreza, mas esta temia o rei. Gostava muito de
estar próximo do povo nos festejos, daí ser adorado. Na política externa, Pedro
ajudou seu sobrinho, o rei de Castela na guerra contra o meio-irmão.
A
sua relação com o clero foi algo conflituosa, em relação à nobreza foi
magnânimo. Deu o título de conde de Barcelos a João Afonso Telo com direito
hereditário e deu terras aos filhos de Inês. A Ordem de Avis entregou-a para
seu filho, João, futuro rei.
A
forma como exerceu a justiça, parece-nos hoje cruel, mas era costume naqueles
tempos difíceis. Diz-se que mandou servir um banquete enquanto assistia à execução
de Pêro Coelho e Álvaro Gonçalves. Gostava mais de ser algoz de que juiz, como
atestam algumas sentenças que proferiu.
Dom
Pedro reinou durante dez anos, sendo tão popular ao ponto de dizer a população "que taes dez annos nunca houve
em Portugal como estes que reinara el Rei Dom Pedro".
O
seu reinado foi o único no século 14 sem guerras e marcado com prosperidade
financeira, daí ficou na memória como um bom reinado. Para Fernão Lopes foi o
avô da dinastia de Avis. Jaz sepultado no Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça,
ao lado de Inês de Castro, "a Rainha Póstuma".
Também
foi esposo de Constanza Manuel de Villena y Barcelona, e de Teresa Gil
Lourenço, da qual descendem outros dois Reis de Portugal, pelo lado de
Constanza o Fernando I de Portugal, conhecido como “o Gentil” e pelo lado de
Teresa, João I de Portugal, conhecido por “o Bom”, que serão depois retratados
no capítulo da Biografia dos Reis aos Faraós.
Descendentes até a 20ª Geração:
Pelo
lado de Pedro I e Inês de Castro
Desta
linhagem de Pedro I(1) e Inês de Castro(2), seguindo até a 20ª geração de descendentes, encontram-se novamente
após mais de 500 anos, a junção de dois ramos descendentes deste Rei português
e de suas três esposas conhecidas pela história, tendo havido outros relacionamentos
em sua vida, com filhos e descendências.
Inês
de Castro nasceu no Reino da Galiza, cerca de 1320 e foi morta em 1325 em Coimbra,
em 7 de janeiro de 1355. Foi uma nobre galega, rainha póstuma de Portugal,
amada pelo futuro rei Dom Pedro I de Portugal, de quem teve quatro filhos. Foi
executada por ordem do pai deste, o rei Dom Afonso IV.
Dona
Inês de Castro era filha de Dom
Pedro Fernandes de Castro, mordomo-mor do rei Dom Afonso XI de Castela,
e de uma dama portuguesa, Aldonça Lourenço de Valadares. O seu pai, neto
por via ilegítima de Dom Sancho IV de Castela, era um dos fidalgos mais
poderosos do Reino de Castela.
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Inês de Castro pedindo misericórdia
a Dom Affonso IV por seus filhos
Na
descendência apresento linhagem de Pedro I e Inês de Castro, que
passou por diversos nomes da história e que serão apresentados adiante. Segue
com o filho do casal:
Dom
João(3), nasceu em 1349, em Portugal, e casou com Maria
Telles de Menezes(4), que nasceu em 1358, em Portugal. João faleceu em
1396. Geraram a Dom Fernando de Eça(5), que
nasceu em 1379, em Portugal e faleceu em 1478, tendo casado com Dona Isabel
de Ávalos(6), que faleceu em 1480.
Desta
união geraram Catharina Affonso De Balbode(7), que nasceu em 1465, e casou com João Velho Maldonado(8), nascido em 1460 e faleceu em 1505. Geraram a João Ramalho(9), que nasceu em 1485 e faleceu em 1580, aos 95 anos, tendo este casado
com a índia Isabel "Bartyra" Dias "M'bicy"(10), nascida
em 1500 e falecida em 1559, no Brasil recentemente descoberto pelos portugueses
e iniciando-se a aculturação entre os povos europeus e nativos.
Esta
Isabel é filha do Cacique Tibiriçá(11) e da índia "Potyra", sua esposa. Desta união, geraram grande
descendência, pelos ramos abaixo verificaremos, dos filhos de João Ramalho e
Isabel Dias, seu nome após o batismo na Igreja e na Fé dos portugueses, há três
ramos que iremos descrever.
Joana
Ramalho(12) nasceu em 1520
e casou com Jorge Ferreira(14), nascido em
1500 e falecido em 1572, e geraram Jerônima Dias Ferreira(15), que casou com seu primo em primeiro grau, Gonçalo
Camacho Filho(16), este fruto da união de Catharina Ramalho(17), irmã de Joana Ramalho e de Gonçalo
Camacho(18), este nascido
em 1522, filho de Balthazar Nunes(19) e de Fabiana Camacho(20), com origens em Viana de Castelo, em Portugal.
Da
união de Jerônima e Gonçalo Filho, nasceu Beatriz Camacho(21), que faleceu em 1636, tendo casado com Frutuoso
da Costa(22). Seguiremos por este ramo logo abaixo, na
continuidade desta linhagem.
143
Da
união de Catharina Ramalho e Gonçalo Camacho, além de Gonçalo, o filho, há
outro ramo com a filha Esperança Camacho(23), que casou com Francisco Rodrigues(24), este falecido em 1624.
Da
prole de João Ramalho e Isabel Dias, a filha do Cacique Tibiriçá, há ainda o
ramo do filho André Fernandes Ramalho(25),
nascido em 1530, e falecido em 1588, tendo este casado com Maria Paes
Ramalho(26), nascida em 1558, em Portugal e falecida em 1616, no
Brasil.
Geraram
a João Paes(27), que nasceu em 1585, em São Paulo, Brasil e casou com
Suzana Rodrigues, a Moça(28), nascida em
1597, em São Paulo, Brasil, filha do Capitão-mor Martins Rodrigues Tenório
De Aguilar(29), nascido em 1560, em Castela, Espanha e falecido em
1612, e casou com Suzana Rodrigues(30), nascida em
1570 e falecida em 1631, em São Paulo, Brasil.
Desta
união nasce Anna da Veiga Paes(31), em 1635,
casada com Manoel Pacheco Gatto(32), este
nascido em 1622 e falecido em 1692. Geraram a Manoel Pacheco Gato Filho(33), que nasceu em 1656 e faleceu em 1715, casado com Francisca
da Costa Carvalho(34), que faleceu em 1729. São estes os pais de Anna
da Veiga Paes, a neta(35), esta nascida em 1693 e
falecida em 1758.
Deste
ponto retornaremos ao ramo de Esperança Camacho e Francisco Rodrigues.
Desta união geraram Felipa Rodrigues(36), que
casou com Pascoal Dias(34). Geraram a Maria
Afonso(35), que foi casada com Antonio De Siqueira(36), falecido em 1649.
São
os pais de Anna Pires(37), casada com Salvador
Francisco de Oliveira(38), e pais de Bento de
Oliveira Pires(39). Bento casou com Izabel De Moraes Da Silva(40), esta que faleceu por volta de 1727, e foram pais de
Manoel Pedroso de Oliveira(41), nascido em
1666 e falecido em 1710.
Aqui
a primeira junção de ramos, vindos dos irmãos Catharina e André Ramalho, cerca
de 150 anos depois, com o casamento de Manoel Pedroso Oliveira e Anna
da Veiga Paes, a neta, que geraram a Maria Pedroso(42), nascida em 1725 e falecida em 1789, esta casada com
Paschoal Fernandes de São Paio(43), nascido em
1695 e falecido também em 1789, sendo estes os pais de Francisca Fernandes
Xavier da Silva(44).
Aqui
novamente iremos retornar depois ao ramo de Frutuoso da Costa e Beatriz
Camacho, esta neta paterna e materna das filhas do Cacique Tibiriçá, as
irmãs Joana e Catharina Ramalho.
Da
linhagem do Cacique Tibiriçá, além do casamento de Isabel Dias, a índia
Bartyra, outra das filhas do líder dos Guainases, Maria Da Grã Terebê,
nascida em 1530, que foi casada com Pedro Dias, este nascido em 1520 e
falecido em 1590, são os pais de Clara Parente, nascida em 1550 e
falecida em 1635.
Clara
Parente casou com Gonçalo Madeira, nascido em 1550 e falecido em 1606,
pais de Feliciana Parente, esposa de Manuel Álvares Pimentel,
falecido em 1632.
Estes
são os pais, avós e bisavós de Sebastiana Pimentel, que foi casada com Frutuoso
da Costa Neto, portanto, ela seria trineta do Cacique Tibiriçá, pela
linhagem de Maria Da Grã Terebê.
Da
descendência de Beatriz e Frutuoso, geraram também a Paulo Da Costa(45), que casou com Páschoa do Amaral(46), e geraram a Frutuoso da Costa Neto(47), falecido em 1659, que casou em 1636 com Sebastiana
Pimentel(48), estes pais de Anna Da Costa Pimentel(49), esposa de Thomé Mendes Raposo(50). Desta união de Thomé e Anna, gerou a Christovão
Mendes Raposo(51), nascido em 1660, e falecido em 1722, tendo casado
com Thereza Blanco De Pontes(52).
Foram
pais de Ana Blanco Raposo Pimentel(53), nascida
cerca de 1690, e que casou com Francisco Machado De Oliveira(54), nascido em 1690 e falecido cerca de 1718, e foram
os pais de Tereza Francisca Blanco Machado(55), que foi casada com José de Oliveira Prestes(56), estes pais de Francisco Machado de Oliveira
Prestes(58).
144
Aqui
nova junção de outros dois ramos dos descendentes de João Ramalho e da índia
Bartyra, batizada Isabel Dias, cerca de 250 anos depois do nascimento de
João e Isabel.
Francisco
Machado de Oliveira Prestes casou
com Francisca Fernandes Xavier da Silva, esta filha de Maria Pedroso e
de Paschoal Fernandes de São Paio. Da união destes dois ramos, nasce Mariana
Francisca de Oliveira(59), que casou com Antônio
Gonçalves Meirelles(60), nascido em 1759 e pais de Anna Cândida Meirelles(61), esposa de Manoel Luis Pereira Da Silva(62), nascido em 1795.
Geraram
a Silvana Pereira da Silva Carneiro(63),
nascida em 1822 e esta casa com Fortunato Da Silva Neves Carneiro(64), pais de Fortunata Da Silva Neves Carneiro(65), nascida em 1850, tendo casada em 1870 com Francisco
José Pires Filho(66), pais de Flordalina da Silva Pires(67), nascida em 1892 e batizada em 1897, em Camaquã, RS,
Brasil.
Flordalina
é avó paterna do autor, que foi casada com César Augusto Gomes Martins(68), nascido em 1884, em Tapes, RS, Brasil, e que em
linha de ascendência reta, é também descendente de Pedro I de Portugal com
Tereza Gil Lourenço(69), esta filha de Lourenço Martins(70) e de Sancha
Martins(71), com origens em Portugal, sem nenhuma ascendência
identificada. Teresa não tinha status de sobrenome em Portugal, mas teve o
reconhecimento de sua linhagem, que passaremos a descrevê-la a seguir.
Dom João I de Portugal, mestre de
Ávis e Rei de Portugal
145
Pelo
lado de Pedro I e Teresa Gil Lourenço,
segue a descendência:
Teresa
Gil Lourenço nasceu em 1330, nas
ilhas dos Açores, em Portugal, e faleceu em 11 de abril de 1358, também em
Portugal, com a idade de 28 anos. Foi companheira de Pedro I, e mãe de João
I, o Bom, que foi Rei de Portugal.
João
I de Portugal, 'o Bom'(72), nascido em 1358 e
falecido em 1433, este casou com a Princesa da Inglaterra, Philippa de Lencastre(73), nascida em 1360 e falecida em 1415, filha de João
de Gante(74), 1.º
Duque de Lencastre e Rei da Inglaterra e de Branca de Lencastre(75), nascida em 25 de março de 1345 e faleceu em 12 de
setembro de 1369, era uma nobre inglesa, filha de Henrique de Grosmont(76), 1.º duque de Lancaster e Isabel de Beaumont(77).
Phillipa
de Lencastre proveio de duas nobres
famílias: a casa régia dos “Plantagenetas” e a dos “Lencastre”. Os avós paternos eram o rei Eduardo III(78) e a rainha Phillipa
de Hainault(79), enquanto que os maternos eram Henrique de
Grosmont e Isabel de Beaumont. Seu pai, João de Gante, ao
casar-se com sua mãe, Branca de Lencastre, herdou o ducado do seu sogro,
juntamente com domínios e castelos por toda a Inglaterra e o Principado de
Gales, conquistando, assim, maior poder e prestígio para a sua família. Phillipa
foi a primeira filha do casal, nascendo em março do ano posterior ao casamento.
Recebeu o nome da sua avó paterna, a rainha, que também foi sua madrinha. Da
união de João e Philippa, geraram a Duarte I de Portugal(80), conhecido com “o Eloqüente”, nascido em 1391 e falecido em 1438, este que casou com a Princesa Leonor
de Aragão(81).
Leonor
de Aragão, nasceu em 2 de maio de 1402, e faleceu em Toledo, em 19 de fevereiro
de 1445, foi a infanta aragonesa que
viria a ser rainha de Portugal por casamento com o rei Dom Duarte, e regente
durante a menoridade do seu filho Dom Afonso V. Da união de Duarte I e Leonor
de Aragão, geraram a Alfonso V de Portugal(82), conhecido por "o Africano", nascido em 1432 e falecido em 1481, casado com Isabel
Ávis de Coimbra(83), nascida em 1432 e falecida em 1455.
Gerou
a João II de Portugal(84), conhecido pelo apelido
de 'o Príncipe
Perfeito', nascido em 1455 e
falecido em 1495, que casou com Ana Furtado de Mendonça(85), nascida em 1458 e falecida em 1525.
Da
união deste casal gerou a Jorge de Lencastre(86), nascido em 1481 e falecido em 1550, casado com Dona
Beatriz de Vilhena(87), nascida em 1480 e falecida em 1535.
Jorge
de Lencastre, nasceu em Abrantes, em
11 de novembro de 1481 e faleceu em Setúbal, em 22 de julho de 1550, e foi
filho bastardo do rei João II de Portugal com Ana Furtado de Mendonça,
e foi 2.º Duque de Coimbra desde 1509, Grão-Almirante de Portugal, 13.º Mestre
da Ordem de Santiago e 9.º Administrador da Ordem de Ávis.
Da
união de Jorge e Beatriz, geraram a Luís de Lancastre(88), 1.º Comendador-Mor da Ordem de Ávis, nasceu cerca
de 1505 e faleceu em 1574, casado em 1540, com Magdalena de Granada(89), nascida cerca de 1510, filha de João de Granada
e de sua mulher Beatriz de Sandoval, que era, por sua vez, filho natural
do rei de Granada Abu Haçane Ali e de Isabel de Solís, com
descendência.
146
Luis
e Magdalena foram pais de João de Lancastre(90), nascido em 1550 e falecido em 1614, casado com Paula
da Silva(91), nascida em 1560, e foram os pais de Lourenço de
Lancastre(92), Comendador de Coruche, nascido em 1586, casado com Dona
Inês de Noronha(93), nascida cerca de 1580 e falecida em 1653.
Dona
Inês de Noronha é filha de Rui Telles de Menezes(94), nascido cerca de 1560, falecido em 1616, e de Mariana
da Silveira(94), nascida por volta de 1560.
Na
linhagem de ascendência de Rui Telles de Menezes(94), cerca de 240 antes de seu nascimento, mostra também
descendência de Pedro I, mas desta vez pela linhagem nobre de seu casamento com
Constanza Manuel de Villena y Barcelona(95),
nascida em 1316 e falecida em 1345, pais de Fernando I de Portugal(96), conhecido com 'o Gentil',
nascido em 1345 e falecido em 1383, casado com Beatrice Countess de
Albuquerque(97), nascida cerca de 1346, e falecida em 1381.
Voltando
a linha de descendentes dos Alencastro, seguimos neste ramo:
Dona
Inês de Noronha é irmã de Dona
Maria Da Silva de Castro(99), nascida em 1600, e
falecida em 1666, casada com João da Silva Telo de Menezes(100), também nascido em 1600 e falecido em 1651.
Este
casal são os pais de Dona Inês Maria Tereza de Noronha e Castro(101), nascida cerca de 1620, esposa de Dom Rodrigo de
Lencastre(102), nascido em 1600, e falecido em 1657, este filho de Dona
Inês de Noronha, e Lourenço de Alencastro. Novamente um casamento
entre primos, com Inês e Rodrigo, filhos das irmãs acima mencionadas.
Desta
união, gerou a Dom João de Alencastro(103), que
casou com Maria Teresa Antônia de Portugal e Almeida(104), que nasceu em 1650 e faleceu em 1703.
João
de Lencastre nasce em Lisboa, em
1646 e faleceu também em Lisboa em 1707 e se assinava na grafia da época como Dom
João de Alencastro, tendo este sido um administrador colonial português.
Foi nomeado governador-geral do Brasil, com patente dada em 22 de fevereiro de
1694. Era filho de Dom Rodrigo de Lencastre, que foi o comendador de
Coruche, e de Dona Inês Maria Teresa de Noronha e Castro. Foi ainda
governador dos Algarves.
Foram
pais de Rodrigo de Alencastro(105), nasce em
1677 e faleceu em 1755, casou em 1713 com Izabel Francisca Xavier de Castro
Correia de Lacerda(106), que nasce em 1695. Geraram a Jerônimo de Castro
e Alencastro Guimarães(107), que casou com Izabel
Rosa de Oliveira(108), nascidos ambos por volta de 1721.
São
os pais de Manoel Joze de Alencastro(109),
nascido em 1741 e falecido em 1815, aqui no Rio Grande do Sul, que foi casado
com Maria da Luz de Menezes(110), nascida em
1760 e falecida em 1860, esta filha do Capitão Francisco Xavier De Azambuja,
nascido em 1710, em Triunfo, RS, Brasil e falecido em 1768, este que foi casado
com Rita de Menezes, nascida em 1725 em Cunha, São Paulo, Brasil e
falecida em 1801 em Viamão, RS, Brasil.
147
A cidade de Tapes no ano de 1927, onde hoje está situada a Praça Rui Barbosa
Por mercê de Dom João VI de Portugal, foi doada através do vice-Rei no Brasil, Dom Luis de Vasconcelos, que em 1790 passou para Manoel José de Alencastro, a sesmaria de Nossa Senhora do Carmo, terras onde hoje está situada a cidade de Tapes, RS, Brasil.
Após a morte de Alencastro, seus sucessores venderam a sesmaria ao guarda-mor José de Oliveira Guimarães, o qual por sua vez a transmitiu ao major de milícias, Patrício Vieira Rodrigues.
Manoel José de Alencastro e Maria da Luz Menezes foram os pais de Manoel José de Alencastro Filho(111), nascido em 1787 e falecido em Porto Alegre em 1845, casado com Maria de Azambuja Barbosa(112), nascida em 1792, bisneta de Jerônimo de Ornellas, através do ramo de sua mãe Felizarda Maria da Pureza de Azambuja(113), nascida em 1762 e falecida em 1838, sendo irmã de Maria da Luz e filha do Capitão Francisco Xavier de Azambuja e de Rita de Menezes.
Da
união de Manoel José e Maria da Azambuja, nasce Antônio Marcos de Alencastro(114) em 1822 em
Triunfo, RS, Brasil e casou com Joaquina Leite de Oliveira(115), nascida em 1833. Pela linhagem de Joaquina, em sua
ascendência materna e paterna, ambas ligam novamente a Casa dos Ornellas
Menezes e Vasconcellos, sendo ela trineta de Jerônimo e Lucrécia Leme
Barbosa, a neta(116), pelos
ramos de Fabiana de Ornellas e Menezes(117) e de Antônia da Costa Barbosa(118), filhas do casal, e que estão retratadas no capítulo
dos Descendentes do Sesmeiro do Morro Santana.
Antonio
Marcos e Joaquina Leite são os pais de Maria Rita de Alencastro Martins(119), esta que foi casada com Francisco Gomes Martins(120), bisavós paternos do autor. Sua irmã, Jerônima
Antônia de Alencastro Martins(121), foi casada
com o irmão de Francisco, o João Baptista Gomes Martins(122), nascido em 1861 e falecido em 1911, em Tapes, RS,
Brasil.
Destas
gerações de Francisco e José Baptista, descendem identificadas pela
pesquisa, mas de 30 famílias que vivem em cidades como Tapes e outras próximas,
como Sentinela do Sul, Guaíba, Camaquã, Eldorado do Sul, Pelotas e outras
tantas, que estão retratadas no capítulo dos Ramos Gomes Martins e seus
descendentes.
Da
linhagem do autor, segue na geração de Francisco Gomes Martins, nasceu
em 1840 e faleceu em 1890, em Tapes, RS, Brasil e Maria Rita de Alencastro
Martins, nasceu em 1852, em Triunfo, RS, Brasil, e faleceu em 1950, dito por
alguns parentes, com mais de 100 anos quando do falecimento.
Foram
filhos desta união de Francisco e Rita, além dos que estão retratados no
capítulo dos Ramos Gomes Martins, o César Augusto Gomes Martins(68).
César
Augusto Gomes Martins nasceu em
1884, em Tapes, RS, Brasil, e casou com a Flordalina da Silva Pires(67), que acima está apresentada a sua linhagem de mais
de 500 anos atrás, quando se encontram na geração de dois filhos, Ceci,
e Walter, e duas filhas, Dalva e Maria de Lourdes, tio e
tias do autor, que é filho de Ceci Pires Martins, nascido em 1920 no
primeiro distrito de Passo Grande, em Tapes, RS, Brasil, falecido em 2015 e foi
casado com Cecília Wandam Martins, nascida em 1933, em Camaquã, RS,
Brasil, falecida em 2009, ambos sepultados em Tapes, RS, Brasil.
Depois
de 20 gerações na descendência de Pedro I, "o Justiceiro" com suas
três mulheres conhecidas, e de diversos nomes de outros personagens da
história, afirmo sem dúvida que as próximas pessoas que serão retratadas nos
capítulos seguintes, irão viajar no tempo para saber mais sobre cada um dos
nossos ancestrais em comum.
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>>> Última Atualização em 24/12/2017 - 11:03
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